“Nadar” foi a primeira faixa da compilação “Rápublica” (1994), que contava com os nomes mais sonantes do rap Português da época. Seria reeditada em formato de single em 1995, com quatro remisturas assinadas por To Ricciardi e André Roquete.

Para além de se tornar popular graças ao sucesso de “Nadar”, a expressão “não sabe nadar” tornou-se ainda mais corrente no vocabulário Português quando foi adoptada pelos opositores à construção da barragem de Foz Côa.

No decurso de uma visita presidencial a Vila Nova de Foz Côa em 1995, mais de três mil estudantes interromperam a passagem da comitiva gritando “as gravuras não sabem nadar, a barragem tem de parar”. O Presidente da República Mário Soares admitiu então que as gravuras rupestres da região “realmente não sabem nadar”, marcando a viragem do processo que teria levado à submersão de vários “sítios”, que viriam a ser classificados de Património Cultural da Humanidade pela UNESCO.